quinta-feira, dezembro 02, 2004

Jacobinismos e surfistas do "Ancien régime"

Cautelas: o que se segue apresenta maiores perigos do que o que antecede. Tão comum quanto as decapitações é a ascensão dos algozes, e não menos a execução sumária destes por parte dos reconvertidos, dos da sombra, dos que já foram outra coisa que é a mesma coisa que a coisa que se vende aos que procuram outra coisa.
A dúvida é se conseguimos evitar que ao "Deixem-nos brincar" se siga o "Agora somos nós a brincar". O momento é mais delicado do que aparenta, e só quando o Halley passar novamente a hipótese se renovará. É certo - ou mais do que provável - que o encantamento de uma re-volução vai inebriar nas páginas dos jornais, nas carnaxides, e niguém terá tempo para dizer o que quer que seja.
Como dizia Pacheco Pereira, para mudar as coisas é preciso não gostar do que está, visceral e arrebatadoramente. Não é provável, porém.
Há muito a explorar e que deve ser desnudado nos tempos mais próximos.
[segue]