quarta-feira, janeiro 04, 2006

Sem título

O problema da política à portuguesa reside no simples facto de determinadas personalidades, senão grande parte da populaça, votar neste por que é de um quadrante político, naquele por que é do outro; mormente a pseudo força de ideias (vai-se lá saber) dos políticos e apoiantes resume-se à representação de três ou quatro ou cinco grandes famílias, simultaneamente clientes e fornecedores delas mesmas. O resto do país, evidentemente, desertifica-se.

Pois que esta tribo mal amanhada de energúmenos e mentecaptos, que é a maioria dos frequentadores deste país-galinheiro, vai votar Cavaco porque supostamente este deve ser de direita, essa coisa; ou vai votar Soares porque supostamente este deve ser de esquerda, essa outra coisa; ou Alegre; ou Jerónimo; ou Louçã. De direita ou de esquerda e tudo o que supostamente representa ser isso; do passado passadista e o que inculcou em todas as mentes. Toda uma história de um país, que vocês sabem muito bem.

Tudo o resto, aqueles tipos querem é vaidosamente a ascensão ao poder. Individual, colectivo. Porque esse mesmo poder, democrático ou não, não pode ficar vazio. Mais nada. Independenmente do que possam dizer, fazer; do que possam ter dito há vinte anos, do que possam ter feito há vinte anos. Enfim, assim vão as glórias deste pardieiro (como diria o outro).

1 Comments:

Blogger Dr. Assur said...

Isso. O povo vê a política como sendo futebol.

11:56 da tarde  

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