terça-feira, dezembro 23, 2003

Ser (taxista) ou não ser (taxista): não há paciência!

A Avó do Tiago dizia coisas acertadas. O meu Avô também: que na terra dele um tipo entrava na drogaria, comprava um saco de cimento e uma colher de pedreiro e, ao chegar à porta, dizia (ou pensava), ufano, «Sou pedreiro».
Pouco importa que saiba do ofício. Ainda menos que não seja colectado.
O que importa é que com os ditos apetrechos já se reúne o essencial: a aparência de pedreiro.
Em Portugal, não é diferente com os taxistas. «Tenho carta de condução, tenho um carro, estou inscrito, sei dizer coisas básicas como "Vai à merda, ò cabrão", ... Sou taxista».
Noutros locais do mundo - em Londres, por exemplo - ser taxista requer um curso, de dois anos, creio, repleto de exames, quase tão exigente como um curso superior. Isto é, um curso técnico para desempenhar um ofício, em benefício de todos.
Por cá, ... bom, por cá não é bem assim. Por cá o profissionalismo é estonteante. E contam-se pelos dedos as vezes que um taxista combina as regras com a boa prática no trânsito. E com a educação? Bom, por cá não é bem assim.