terça-feira, setembro 21, 2004

Quando [a boca] se nos foge para o que pensamos...

O recém-debate sobre o aborto já fez correr rios de tinta, de toner, e de times new roman. Mas não posso deixar de ir ao caudal.
A intervenção de Rui Gomes da Silva no Parlamento foi um verdadeiro xu-xu [ou chu-chu? Provedooor ....]. Visivelmente nervoso, disse duas que correspondem certamente àquilo que realmente pensa - o nervosismo tem destas coisas, não nos deixa pensar mais do que já trazíamos pensado):
Primus: que em democracia há um princípio muito importante, o da proporcionalidade, e como tal, o governo faz-se representar na AR de acordo com a proporção das forças políticas interpelantes;
Secundus: que "respeito ao Parlamento não é fazer o que o Senhor quer [dirigia-se a Francisco Louçã], mas o governo entende que deve ser feito".
Bom, não merece mais do que uma bela risada e uma observação: como felizmente ainda diz o meu avô, "burro tratado a feno? se o pai é grande o filho não pode ser pequeno". Andará o nosso Primeiro nervoso?