quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Palavras para quê? É um artista português.

Caros amigos, façam um favor à música, e já que estão com a mão na massa, também à "naçôe". A BBC está a levar a cabo o concurso "artist of the year", em que participa o Artur Pizarro - o único português da lista - "for his magisterial Beethoven Sonata cycle at St John's Smith Square and on BBC Radio 3".
Votem (para aqueles que sabem que isto é para eles, sem problemas de consciência: não há guitarristas entre os candidatos, o que é o escândalo a que já estamos habituados), e aproveitem para se habilitarem a uns bilhetinhos...

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Letra da Edite e Música do Fernando

«Fiscal, dá cá um abraço!»

«Planeia, planeia
Meu licenciado
Mas o teu projecto
Vai ser arquivado

Autarca, dá-me um beijinho!
Fiscal, dá cá um abraço!
O Polis, devagarinho,
Há-de compor este espaço!

Venham prédios
Venham vivendocas!
Venha a corrupção
Trocas e baldrocas

(bis)
Autarca, dá-me um beijinho!
Fiscal, dá cá um abraço!

Que belos loteamentos
Esta nossa aldeia tem!
Nos prédios de apartamentos
É que a gente vive bem!

(bis)
Autarca, dá-me um beijinho!
Fiscal, dá cá um abraço!

Os subúrbios sem remédio
São do melhor que se viu!
Quem não quer viver num prédio
Vá p’ra p... que o pariu

(bis)
Autarca, dá-me um beijinho!
Fiscal, dá cá um abraço!»

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Coragem

Duas excelentes análises a não perder por nada: uma do General Loureiro dos Santos e outra do Arquitecto José Romano. Curioso como as duas se podem complementar.

Feliz aniversário

Embora já passe um pouco da hora, aqui fica o nosso abraço de parabéns a Carlos Paredes.
Ele, sim, inventou o mar de volta.
Um abraço para sempre.

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Estética Ininteligível? Comunicação Binária?

«M' έπιασε νοσταλγία που γράφεις για τον Δούναβη. Οι Ρωμηοί της Ρουμανίας τον λένε «ποταμό». Αν ρίξεις ένα ξυλάκι στα νερά, ίσως βγη μέχρι τη Βραΐλα και έτσι θα πάρη ένα μήνυμα η πόλη μου ότι κάπου ακόμα υπάρχω και οι ρίζες που μου έδωσε δεν χαλάσαν. Ξέρεις, όπως ένας αρχαιολόγος μελετάει με έρωτα τους χαμένους παληούς πολιτισμούς της Ανατολής, έτσι θυμάμαι τα παληά περασμένα χρόνια που μεγάλωσα κει στις όχθες του κιτρινωπού ποταμού. H εικόνα του, που ήταν ο ψυχικός άξονας της πολιτείας, μου έχει χαραχτεί στο μυαλό με ένα ήλιο ψηλά, πιο ψηλά απ' τον Αθηναϊκό διότι οι άχνες απ' τα σύννεφα τον κάνουν πιο απρόσιτο, με τις ιτιές που κλαίνε σούρνοντας τα φυλλώματα στους ατέλειωτους στρόβιλους των νερών του, με τις καλαμιές που είδαν αιώνες συνέχεια τις γενεές των βατράχων και νεροφιδιών, που τρεφόντουσαν σαν και κείνα απ' τα ανεξάντλητα πλούτια του. Δεν ξέρω αν σου συμβαίνει το ίδιο, όταν θυμάμαι τον εαυτό μου μικρό, είναι σαν να εξετάζω ένα παιδί ξένο, βλέπω τον εαυτό μου με περιέργεια και κείνη την απορία και κατάπληξη που πάντα νοιώθει κανείς όταν βλέπει απτά το κύλισμα του χρόνου προς μια κατεύθυνση χωρίς να ξαναγυρνάει ποτές πια απ' το ίδιο μέρος. Δεν ξέρω αν κρύβεται μια διαλεχτική αντίφαση εδώ μέσα.»

domingo, fevereiro 01, 2004

Interrogação + Reflexão x Pensamento = Progresso

«Um povo existe como consciência de si mesmo para o seu fim. Carece de a si mesmo se interrogar a cada momento e de a cada momento inquirir se está com rigor no seu curso, ou se acaso sofreu desvio. Neste cânone, não lhe basta a História, precisa de uma filosofia da História. Um povo que não se pensa a si mesmo na relação, axiológica, com o outro, não merece o privilégio de existir.»

[Pinharanda Gomes, Expresso 31.01.2004]