O Estado contra Todos
Há alguns dias atrás, assistia eu ao programa “Um contra Todos”, quando à concorrente foi colocada a seguinte pergunta: ”De acordo com a Constituição da República Portuguesa, quem detém o poder político? A: o Presidente da República; B: o Povo; C: o Primeiro-Ministro.”
Hesitações ... O povo não é de certeza, dizia a concorrente sem dúvida (!). O Presidente da República também não – “tenho ideia que ele não tem poder nehnum...”. (...) “Só pode ser o Primeiro-Ministro”.
Pelo meio, José Carlos Malato tentava ajudar.
Fiquei perplexo. Não só pelo que vai acima, como pelo facto de, de entre os trinta e tal adversários NEHNUM TER ACERTADO!
(podia descrever tudo isto com um pouco mais de pompa, mas creio que não vale a pena ...).
Por fim, justificando a resposta certa além do que o computador lhe dizia, José Carlos Malato ainda fez (mau) uso dos seus conhecimentos constitucionais, remetendo a concorrente para um preceito da Constituição integrado na parte relativa à organização económica (tendência, doutrina televisionada ou ignorância pura ?).
Bom, a coisa é grave. Teria um aspecto menos grave se alguns tivessem respondido correctamente: aí seria só grotesco. Mas assim, é grave.
É grave porque a concorrente era uma jovem.
É grave porque entre os adversários muitos havia não tão jovens.
O menos grave é desconhecerem a Constituição.
Grave é não sentirem a resposta.
O problema não está, pois, nos concorrentes. É claro que aí também está, mas não suficientemente para afirmar a gravidade da coisa.
Civicamente, estamos deseducados. E estou a falar não do conhecimento dos deveres, mas da reflexão cultural dos mesmos: só com ela se entenderão os direitos.
Estou certo de que, por muito que nos custe, a mesma situação nos Estados Unidos da América teria resultados diferentes (embora aí as questões de compreensão tenham outros contornos). Todavia, como diria Ortega y Gasset, eles ainda haverão de passar por esta fase de crescimento.
Voltarei a este tema. Fica aqui apenas um aperitivo.
Mas também vos digo, não fosse a maçaroca eu também falharia se lá estivesse: como é sabido, nenhuma das respostas estava correcta.
Hesitações ... O povo não é de certeza, dizia a concorrente sem dúvida (!). O Presidente da República também não – “tenho ideia que ele não tem poder nehnum...”. (...) “Só pode ser o Primeiro-Ministro”.
Pelo meio, José Carlos Malato tentava ajudar.
Fiquei perplexo. Não só pelo que vai acima, como pelo facto de, de entre os trinta e tal adversários NEHNUM TER ACERTADO!
(podia descrever tudo isto com um pouco mais de pompa, mas creio que não vale a pena ...).
Por fim, justificando a resposta certa além do que o computador lhe dizia, José Carlos Malato ainda fez (mau) uso dos seus conhecimentos constitucionais, remetendo a concorrente para um preceito da Constituição integrado na parte relativa à organização económica (tendência, doutrina televisionada ou ignorância pura ?).
Bom, a coisa é grave. Teria um aspecto menos grave se alguns tivessem respondido correctamente: aí seria só grotesco. Mas assim, é grave.
É grave porque a concorrente era uma jovem.
É grave porque entre os adversários muitos havia não tão jovens.
O menos grave é desconhecerem a Constituição.
Grave é não sentirem a resposta.
O problema não está, pois, nos concorrentes. É claro que aí também está, mas não suficientemente para afirmar a gravidade da coisa.
Civicamente, estamos deseducados. E estou a falar não do conhecimento dos deveres, mas da reflexão cultural dos mesmos: só com ela se entenderão os direitos.
Estou certo de que, por muito que nos custe, a mesma situação nos Estados Unidos da América teria resultados diferentes (embora aí as questões de compreensão tenham outros contornos). Todavia, como diria Ortega y Gasset, eles ainda haverão de passar por esta fase de crescimento.
Voltarei a este tema. Fica aqui apenas um aperitivo.
Mas também vos digo, não fosse a maçaroca eu também falharia se lá estivesse: como é sabido, nenhuma das respostas estava correcta.
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