Outros Factos de Fogos Não Fátuos
Os Bombeiros Voluntários de Colares (assim como os Bombeiros Voluntários de Almoçageme), instituições centenárias, agentes principais da prevenção e combate aos fogos na serra de Sintra e demais freguesias, no transporte de doentes e no salvamento a situações perigosas, sempre receberam pouca ajuda estatal. (Estou a relatar e não a lamentar um facto).
As suas viaturas, as suas instalações e todo o seu equipamento variado sempre foram erigidas, adquiridas e mantidas devido à carolice e voluntária atitude que ao longo de decénios existiu. Ora com dádivas da população, ora com festinhas e quermesses várias conseguiram, a muito custo, apetrechar as suas instituições com meios suficientes para as tarefas exigidas. Ultimamente (desde há dez anos, talvez) têm recebido, assim como outras instituições por esse Portugal fora, viaturas de transporte e de combate. Essas ajudas estatais representam talvez dez por cento das suas reais necessidades sendo que a restante é colmatada como já referido.
Parece-me pouco para quem sacrifica a vida em socorro do povo e do território. Mas não iremos por aí: não tenho uma visão subsídio-dependente do Estado e gosto que essas instituições mantenham a sua independência política. Por si só a manutenção de associações apolíticas é uma garantia para o seu melhor funcionamento e organização. O problema é sempre a verba, mas o Estado também nunca a tem. A tendência, quando existe alguma disponibilidade financeira, é sempre para um certo esbanjamento em áreas pouco necessárias (nem vou referir exemplos: toda a gente imediatamente pensou em dez casos).
Ora acontece o seguinte: a corporação de Colares, apesar de já usufruir de instalações razoáveis, pretendia investir no alargamento dessas mesmas. Não pode. Apesar de deter terreno disponível para tal, os entravamentos camarários negam tal intenção. A questão reside na proximidade do ribeiro e consequente zona de protecção contra cheias, bem como não estar contemplado em Plano Director Municipal qualquer edificação para aquela área. Percebe-se, embora não se concorde, essa política para para fins privados, mas para uma instituição de cariz associativo de ajuda à comunidade, e ainda por cima centenária?
Não admira que tenhamos de nos socorrer de Italianos, Chilenos e Espanhois quando estes, por solidariedade e remuneração não muito baixa, nos prestam a sua ajuda sempre útil em estados de calamidade. Até parece que gostamos de nos sentir como o desgraçadinho a quem acontece tudo. Mas quando alguém vem de fora pode fazer e exigir aquilo que quiser. Os Portugueses que querem realizar alguma coisa é-lhes sempre fechada a porta.
BSA
As suas viaturas, as suas instalações e todo o seu equipamento variado sempre foram erigidas, adquiridas e mantidas devido à carolice e voluntária atitude que ao longo de decénios existiu. Ora com dádivas da população, ora com festinhas e quermesses várias conseguiram, a muito custo, apetrechar as suas instituições com meios suficientes para as tarefas exigidas. Ultimamente (desde há dez anos, talvez) têm recebido, assim como outras instituições por esse Portugal fora, viaturas de transporte e de combate. Essas ajudas estatais representam talvez dez por cento das suas reais necessidades sendo que a restante é colmatada como já referido.
Parece-me pouco para quem sacrifica a vida em socorro do povo e do território. Mas não iremos por aí: não tenho uma visão subsídio-dependente do Estado e gosto que essas instituições mantenham a sua independência política. Por si só a manutenção de associações apolíticas é uma garantia para o seu melhor funcionamento e organização. O problema é sempre a verba, mas o Estado também nunca a tem. A tendência, quando existe alguma disponibilidade financeira, é sempre para um certo esbanjamento em áreas pouco necessárias (nem vou referir exemplos: toda a gente imediatamente pensou em dez casos).
Ora acontece o seguinte: a corporação de Colares, apesar de já usufruir de instalações razoáveis, pretendia investir no alargamento dessas mesmas. Não pode. Apesar de deter terreno disponível para tal, os entravamentos camarários negam tal intenção. A questão reside na proximidade do ribeiro e consequente zona de protecção contra cheias, bem como não estar contemplado em Plano Director Municipal qualquer edificação para aquela área. Percebe-se, embora não se concorde, essa política para para fins privados, mas para uma instituição de cariz associativo de ajuda à comunidade, e ainda por cima centenária?
Não admira que tenhamos de nos socorrer de Italianos, Chilenos e Espanhois quando estes, por solidariedade e remuneração não muito baixa, nos prestam a sua ajuda sempre útil em estados de calamidade. Até parece que gostamos de nos sentir como o desgraçadinho a quem acontece tudo. Mas quando alguém vem de fora pode fazer e exigir aquilo que quiser. Os Portugueses que querem realizar alguma coisa é-lhes sempre fechada a porta.
BSA
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