sexta-feira, abril 30, 2004
Os senhores Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen, membros da banda irlandesa U2, passeiam-se em Portugal.
quinta-feira, abril 22, 2004
Jantarada
Confrades,
O jantar confirma-se - embora a adesão não seja em massa. Se não se importam, confirmem a vossa presença hoje durante a tarde (anda lá ò Le Parkinson).
Não fiquem presos à televisão a ver o Major Valentão, pois já se sabe no que isto vai dar. Aliás, faz-me lembrar a história do Al Capone: o homem era procurado por homicídio e outras quejandas, e acabou sendo condenado por fuga ao Fisco e fraude fiscal. Mas só estou a dizer que me fez lembrar, ah!?, nada mais ...
O jantar confirma-se - embora a adesão não seja em massa. Se não se importam, confirmem a vossa presença hoje durante a tarde (anda lá ò Le Parkinson).
Não fiquem presos à televisão a ver o Major Valentão, pois já se sabe no que isto vai dar. Aliás, faz-me lembrar a história do Al Capone: o homem era procurado por homicídio e outras quejandas, e acabou sendo condenado por fuga ao Fisco e fraude fiscal. Mas só estou a dizer que me fez lembrar, ah!?, nada mais ...
segunda-feira, abril 19, 2004
AVISO
«CUIDADO COM O CÃO
UI ÃO
ÃO
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UI
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UIÃO
UI»*
Sara, sempre desassossegada, morde esse cão interior e volta para nós.
*[Alexandre O'Neill]
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Sara, sempre desassossegada, morde esse cão interior e volta para nós.
*[Alexandre O'Neill]
Jantar do Periscópio
À tripulação,
O Periscópio Quatro está a organizar uma jantarada, e muito gostávamos que nele alinhassem os nossos participantes.
Uma oportunidade para conversarmos sem ser beynd de mirror...
Será na próxima 5ª feira, dia 22, pelas 21:00, no restaurante "O Beco", em Alfama (coordenadas: Largo do Chafariz de Dentro, junto à Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, um pouco acima do Parreirinha de Alfama).
Agradecemos que quem quiser alinhar o diga nos comentários para que possamos marcar.
Um abraço a todos
O Periscópio Quatro está a organizar uma jantarada, e muito gostávamos que nele alinhassem os nossos participantes.
Uma oportunidade para conversarmos sem ser beynd de mirror...
Será na próxima 5ª feira, dia 22, pelas 21:00, no restaurante "O Beco", em Alfama (coordenadas: Largo do Chafariz de Dentro, junto à Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, um pouco acima do Parreirinha de Alfama).
Agradecemos que quem quiser alinhar o diga nos comentários para que possamos marcar.
Um abraço a todos
sexta-feira, abril 16, 2004
Inimaginável
Palavras, não pode haver.
Letras associadas,
Nada mais.
A mil distâncias
O sentimento inimaginável de perder uma filha
Seis meses de vida, seis meses de mil sorrisos,
Teve o meu Amigo com a sua Maria.
Mil esperanças que um vírus
Noticiado
Desmorona.
Assim,
Simplesmente.
Parte de mim que também deixa de existir.
Parte de mim que nunca será.
Palavras, não pode haver.
O sentimento inimaginável,
O Pai e a Mãe,
Os meus Amigos,
Sentem.
O Amor.
A Ausência.
A Eternidade.
A Coragem.
Letras associadas,
Nada mais.
A mil distâncias
O sentimento inimaginável de perder uma filha
Seis meses de vida, seis meses de mil sorrisos,
Teve o meu Amigo com a sua Maria.
Mil esperanças que um vírus
Noticiado
Desmorona.
Assim,
Simplesmente.
Parte de mim que também deixa de existir.
Parte de mim que nunca será.
Palavras, não pode haver.
O sentimento inimaginável,
O Pai e a Mãe,
Os meus Amigos,
Sentem.
O Amor.
A Ausência.
A Eternidade.
A Coragem.
quinta-feira, abril 15, 2004
O Estado contra Todos (II)
Amigo Tiago,
O problema não está na "CRP", nem é constitucional, mas antes constituinte (e o respectivo processo não é jurídico - no sentido científico do termo - mas sim político-cultural).
Aqui deixo um excerto de reflexão, escrito em 1937 - e tão actual quanto de vanguarda.
"Se observarmos a vida pública dos países onde o triunfo das massas mais avançou - são os países mediterrânicos - surpreende ver que neles se vive politicamente no dia-a-dia. O fenómeno é sobremaneira estranho. O poder público encontra-se nas mãos de um representante de massas. Estas são tão poderosas que aniquilaram qualquer possível oposição. São donas do poder público de forma tão incontrastável e superlativa que seria difícil encontrar na história situações de governo tão prepotentes como estas. E, no entanto, o poder público, o governo, vive o dia-a-dia; não se apresenta como um porvir franco, não significa um anúncio claro de futuro, não aparece como o começo de algo cujo desenvolvimento ou evolução resulte imaginável. Em suma, vive sem programa de vida, sem projecto. Não sabe aonde vai porque, rigorosamente, não vai, não tem caminho, prefixado, trajectória antecipada. Quando esse poder público tenta justificar-se, não alude para nada ao futuro, antes pelo contrário, encerra-se no presente e diz com perfeita sinceridade: «Sou um modo anormal de governo que é imposto pelas circunstâncias.» Quer dizer, pela urgência do presente, não por cálculos do futuro. Daí que a sua actuação se reduza a esquivar o conflito de cada hora; não a resolvê-lo, mas a escapar dele para já, empregando seja que meios forem, mesmo à custa de acumular com o seu uso mais conflitos para a hora seguinte. O poder público sempre foi assim quando exercido directamente pelas massas: omnipotente e efémero. O homem-massa é o homem cuja vida carece de projecto e anda à deriva. Por isso não constrói nada, mesmo que as suas possiibilidades, os seus poderes, sejam enormes.
E é este tipo de homem que no nosso tempo decide. Convém, pois, que analisemos o seu carácter."
(Ortega y Gasset, A Rebelião das Massas)
O problema não está na "CRP", nem é constitucional, mas antes constituinte (e o respectivo processo não é jurídico - no sentido científico do termo - mas sim político-cultural).
Aqui deixo um excerto de reflexão, escrito em 1937 - e tão actual quanto de vanguarda.
"Se observarmos a vida pública dos países onde o triunfo das massas mais avançou - são os países mediterrânicos - surpreende ver que neles se vive politicamente no dia-a-dia. O fenómeno é sobremaneira estranho. O poder público encontra-se nas mãos de um representante de massas. Estas são tão poderosas que aniquilaram qualquer possível oposição. São donas do poder público de forma tão incontrastável e superlativa que seria difícil encontrar na história situações de governo tão prepotentes como estas. E, no entanto, o poder público, o governo, vive o dia-a-dia; não se apresenta como um porvir franco, não significa um anúncio claro de futuro, não aparece como o começo de algo cujo desenvolvimento ou evolução resulte imaginável. Em suma, vive sem programa de vida, sem projecto. Não sabe aonde vai porque, rigorosamente, não vai, não tem caminho, prefixado, trajectória antecipada. Quando esse poder público tenta justificar-se, não alude para nada ao futuro, antes pelo contrário, encerra-se no presente e diz com perfeita sinceridade: «Sou um modo anormal de governo que é imposto pelas circunstâncias.» Quer dizer, pela urgência do presente, não por cálculos do futuro. Daí que a sua actuação se reduza a esquivar o conflito de cada hora; não a resolvê-lo, mas a escapar dele para já, empregando seja que meios forem, mesmo à custa de acumular com o seu uso mais conflitos para a hora seguinte. O poder público sempre foi assim quando exercido directamente pelas massas: omnipotente e efémero. O homem-massa é o homem cuja vida carece de projecto e anda à deriva. Por isso não constrói nada, mesmo que as suas possiibilidades, os seus poderes, sejam enormes.
E é este tipo de homem que no nosso tempo decide. Convém, pois, que analisemos o seu carácter."
(Ortega y Gasset, A Rebelião das Massas)
Al Jazeera
O canal de televisão acima citado recusou-se, ao que parece, a passar a imagem do momento do assassinato do Siciliano, raptado pelas Brigadas Verdes no Iraque.
Meanwhile back in Queluz, Mrs. Guedes is trying to convince Mr. Moniz to obtain and pass it in on «Jornal Nacional», TVI's generalistic prime time news. «The people need to see the media-truth», she argues.
Meanwhile back in Queluz, Mrs. Guedes is trying to convince Mr. Moniz to obtain and pass it in on «Jornal Nacional», TVI's generalistic prime time news. «The people need to see the media-truth», she argues.
quarta-feira, abril 14, 2004
O Estado contra Todos
Há alguns dias atrás, assistia eu ao programa “Um contra Todos”, quando à concorrente foi colocada a seguinte pergunta: ”De acordo com a Constituição da República Portuguesa, quem detém o poder político? A: o Presidente da República; B: o Povo; C: o Primeiro-Ministro.”
Hesitações ... O povo não é de certeza, dizia a concorrente sem dúvida (!). O Presidente da República também não – “tenho ideia que ele não tem poder nehnum...”. (...) “Só pode ser o Primeiro-Ministro”.
Pelo meio, José Carlos Malato tentava ajudar.
Fiquei perplexo. Não só pelo que vai acima, como pelo facto de, de entre os trinta e tal adversários NEHNUM TER ACERTADO!
(podia descrever tudo isto com um pouco mais de pompa, mas creio que não vale a pena ...).
Por fim, justificando a resposta certa além do que o computador lhe dizia, José Carlos Malato ainda fez (mau) uso dos seus conhecimentos constitucionais, remetendo a concorrente para um preceito da Constituição integrado na parte relativa à organização económica (tendência, doutrina televisionada ou ignorância pura ?).
Bom, a coisa é grave. Teria um aspecto menos grave se alguns tivessem respondido correctamente: aí seria só grotesco. Mas assim, é grave.
É grave porque a concorrente era uma jovem.
É grave porque entre os adversários muitos havia não tão jovens.
O menos grave é desconhecerem a Constituição.
Grave é não sentirem a resposta.
O problema não está, pois, nos concorrentes. É claro que aí também está, mas não suficientemente para afirmar a gravidade da coisa.
Civicamente, estamos deseducados. E estou a falar não do conhecimento dos deveres, mas da reflexão cultural dos mesmos: só com ela se entenderão os direitos.
Estou certo de que, por muito que nos custe, a mesma situação nos Estados Unidos da América teria resultados diferentes (embora aí as questões de compreensão tenham outros contornos). Todavia, como diria Ortega y Gasset, eles ainda haverão de passar por esta fase de crescimento.
Voltarei a este tema. Fica aqui apenas um aperitivo.
Mas também vos digo, não fosse a maçaroca eu também falharia se lá estivesse: como é sabido, nenhuma das respostas estava correcta.
Hesitações ... O povo não é de certeza, dizia a concorrente sem dúvida (!). O Presidente da República também não – “tenho ideia que ele não tem poder nehnum...”. (...) “Só pode ser o Primeiro-Ministro”.
Pelo meio, José Carlos Malato tentava ajudar.
Fiquei perplexo. Não só pelo que vai acima, como pelo facto de, de entre os trinta e tal adversários NEHNUM TER ACERTADO!
(podia descrever tudo isto com um pouco mais de pompa, mas creio que não vale a pena ...).
Por fim, justificando a resposta certa além do que o computador lhe dizia, José Carlos Malato ainda fez (mau) uso dos seus conhecimentos constitucionais, remetendo a concorrente para um preceito da Constituição integrado na parte relativa à organização económica (tendência, doutrina televisionada ou ignorância pura ?).
Bom, a coisa é grave. Teria um aspecto menos grave se alguns tivessem respondido correctamente: aí seria só grotesco. Mas assim, é grave.
É grave porque a concorrente era uma jovem.
É grave porque entre os adversários muitos havia não tão jovens.
O menos grave é desconhecerem a Constituição.
Grave é não sentirem a resposta.
O problema não está, pois, nos concorrentes. É claro que aí também está, mas não suficientemente para afirmar a gravidade da coisa.
Civicamente, estamos deseducados. E estou a falar não do conhecimento dos deveres, mas da reflexão cultural dos mesmos: só com ela se entenderão os direitos.
Estou certo de que, por muito que nos custe, a mesma situação nos Estados Unidos da América teria resultados diferentes (embora aí as questões de compreensão tenham outros contornos). Todavia, como diria Ortega y Gasset, eles ainda haverão de passar por esta fase de crescimento.
Voltarei a este tema. Fica aqui apenas um aperitivo.
Mas também vos digo, não fosse a maçaroca eu também falharia se lá estivesse: como é sabido, nenhuma das respostas estava correcta.
segunda-feira, abril 05, 2004
Lá
«DIGA, DIGA: Não tenho opinião sobre a nova 2 porque vejo pouca televisão. Mas consigo dizer qualquer coisa sobre um programa do Público e da Rádio Renascença que passa precisamente na 2, o «Diga lá, Excelência». Faço uma simples pergunta: «Porquê Excelência?». Porquê tanto respeitinho? Não quero insultar nenhum dos entrevistados, quase sempre gente séria e honrada. Mas porquê este apego provinciano do país aos títulos, ao 'doutor', ao 'engenheiro' e, agora, ao 'excelência'. Porque não «Diga lá, sacana»? Ou então, pela negativa, recordando palavras imortais de João César Monteiro, «Cala-te, boi». [Pedro Lomba]»